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Assis sp, sp, Brazil
Artista plástico, Professor e grafiteiro, com formação na área de artes pelas Faculdades Integradas de Ourinhos, Como artista tenho aplicado muitos Workshop de arte urbana em faculdades e instituições, A expressão Arte Urbana ou street art refere-se a manifestações artísticas desenvolvidas no espaço público, distinguindo-se das manifestações de caráter institucional ou empresarial, bem como do mero vandalismo. A princípio, um movimento underground, a street art foi gradativamente se constituindo como forma do fazer artístico, abrangendo várias modalidades de grafismos - algumas vezes muito ricos em detalhes, que vão do Grafite ao Estêncil, passando por stickers e cartazes lambe-lambe, também chamados poster-bombs -, intervenções, instalações, flash mob, entre outras. A rua não é de ninguém e mesmo assim fui preso cinco vezes por fazer Grafite, inevitável que as autoridades ainda acham que nos artistas somos vagabundos ou infratores de nosso Amado País. Infelizmente Vivemos em um Lindo País, que poucas pessoas têm acesso cultural, nome deste País se chama Brasil Contatos: cel(18) 97480060 Email:alemaoart@hotmail.com

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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Semana De Artes Ourinhos.


Durante a semana de Artes na faculdade Fio Ourinhos ,foi realizado a oficina de arte urbana que eu Anderson e Kleber lopes ministramos,o Grafite foi aprentação nossa.
O grafite mesmo sendo considerado artes nos tempos de Hoje e tendo artistas brasileiros que vivem desta arte pelo mundo todo,ainda que seja em uma faculdade de artes o preconceito é muito, para ser feito este painel tivemos que passar por sima da autoridade da cordenadora do curso que falou que o grafite ia poluir a faculdade.

sábado, 12 de junho de 2010

A arte do grafite invade as ruas de Cuiabá


Agora é oficial. Grafite é arte. A Assembléia Legislativa aprovou a Lei nº 9.184, de autoria do deputado José Geraldo Riva (PP), que estabelece a “Arte do Grafite” como atividade legítima da cultura em Mato Grosso. Grafiteiros e representantes da cultura Hip Hop comemoram a legislação, que dá legitimidade a um trabalho artístico que muitas vezes é confundido com pichação. Grafite é arte, pichação é vandalismo, destacam os responsáveis por belas ilustrações em intervenções urbanas na Capital.



“É a valorização dos artistas de rua. Essa Lei vai fortalecer as iniciativas e desmistificar a arte do grafite, que muitas vezes, é confundida com pichação”, declara a coordenadora de projetos da Central Única das Favelas (Cufa), de Cuiabá, Karina Santiago.

Esta dúvida sempre fez com que os profissionais do grafite fossem classificados como vândalos, como explica Jonatam Palma Silva, 21, grafiteiro cuiabano. “A sociedade nunca entendeu que existe diferença entre a pichação e o grafite. Por isso, muitas vezes somos chamados de vagabundos, de vândalos”, afirma. O grafiteiro, morador do bairro Jardim Vitória, explica que a diferença é gritante e pontual.

“A pichação nada mais é do que traços, escritas, uma forma de protesto, as vezes políticos, as vezes por que o time de futebol perdeu, enfim, não é uma trabalho artístico. O grafite é completamente diferente. Existe uma técnica, temos que desenhar sabendo utilizar a luz, a sombra, a coloração. É uma arte, a arte das ruas, do povo, que tem estilo”, argumenta Jonatam.

Em síntese, a diferença está tanto nos fins quanto nos meios: os pichadores fazem agressão ao patrimônio, sem a autorização dos proprietários das áreas utilizadas e não há em seus trabalhos uma manifestação de técnicas reconhecíveis de pintura. Os grafiteiros, por sua vez, expressam sua forma de ver o mundo através da pintura, usando várias técnicas de pintura que se desenvolveram com o tempo.

Jonatam lamenta que Cuiabá ainda não tenha muitos seguidores do grafite, mas revela que já existem articulações para que a “Arte do Grafite” tenha novos praticantes, seja profissionalizada. “Infelizmente em Cuiabá ainda estamos longe dos grandes centros de grafitagem, como São Paulo, o maior painel do mundo. De certa forma, o fato de não existirem muitos grafiteiros em nossa cidade dificulta a transmissão da mensagem de que grafite é arte e não vandalismo. No Brasil, temos grandes grafiteiros trabalhando para mudar essa concepção míope”, pontua.

Jonatam conta com o apoio de instituições como a Cufa e a Maloca, que constróem cenários para que a população das periferias do Brasil tenha acesso à arte e cultura. “Em Cuiabá o movimento ainda é fraco mesmo, mas eu e mais três camaradas do grafite estamos batalhando em oficinas junto com as entidades para trazer novos adeptos, pois o grafite pode ser um instrumento que tira as crianças do mundo do crime, das drogas”, avalia Jonatam.

Opinião que é compartilhada pelo presidente da AL, José Riva. “A Lei dará maior visibilidade a prática artística, que tem um relevante alcance social. Além disso, oferece também a oportunidade de tirar os artistas grafiteiros do anonimato, divulgando as ações e eventos de forma mais organizada e de amplo conhecimento público”, observou Riva.

História

Os primeiros indícios são datados ainda na Pré-História, com as pinturas e desenhos rupestres feitos pelos homens da caverna. Mas, a atividade foi impulsionada junto com o movimento Hip Hop a partir de 1960, em Nova Yorque (EUA). No Brasil, ganhou repercussão na década de 80 e, em Mato Grosso, surgem os primeiros grafiteiros ainda na década de 90 e, se fortalece como uma arte cultural em 2005, a partir do Festival “Consciência Hip Hop” com ações de formação de grafiteiros nas escolas do estado.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

quinta-feira, 3 de junho de 2010

virada culural 2010 http://colunistas.yahoo.net/posts/2509.html

Por Dudu Tsuda . 02.06.10 - 16h00 Espaço público da arte
Passada a Virada Cultural e toda a polêmica que ela causou, para o bem e para mal, nos encontramos novamente defronte ao nosso bom e velho espaço urbano. O bom sujeito então acorda, sai de casa, e toma sua condução como de costume. O caminho até o ponto é sempre o mesmo, o mais perto.

Nessa opção prática há um grande porém: uma rua fedorenta onde um supermercado deixa restos de comida espalhados pelo chão em putrefação constante. É aquela maldita área de carga e descarga que os supermercados insistem em construir de frente à rua, ao invés de usar algum pedaço de seu enorme estacionamento. Nada como um bom suborno para algum maldito corruptível fiscal da prefeitura. Mas isso é uma outra (podre) história.

O caminho é podre, mas é mais curto. O ônibus é sempre lotado, e a jornada de trabalho estafante. E dias se seguem nesse maravilhoso ritmo ao qual chamamos de vida. Ê pobreza de espírito! Aquela mesma velhinha com bafinho de café referida na última coluna aparece de relance, e nos repete o mesmo coro cotidiano que nos ajuda aturar tudo isso. “É um dia atrás do outro… Veja só meu filho, e eu que já sou uma senhora…”

Paisagismo Urbano
O bom pessimista olha tudo isso e começa a blasfemar o governo, a prefeitura, o poder público, o FMI, os americanos, os iraquianos, os marginais, os mendigos, a ex-mulher, o ex-marido e tantos mais outros culpados, enfim.

A culpa é sempre do outro, e a melhoria é sempre algo exterior a ele.

São tantos culpados, que não nos atemos ao fato de que há um movimento igualmente marginal aos chamados “marginais”, que tenta, apesar de toda desgraça e falta de organização urbanística, descobrir uma beleza neste cotidiano comum.

Dos trajetos que percorri na cidade de São Paulo neste último mês, dediquei meu olhar aos desenhos, grafites e pinturas que colorem nossos muros, postes e edificações. Seja no caminho do trabalho, ou num passeio de final de semana, ou simplesmente vagando pelas ruas, estas imagens criam verdadeiras narrativas fragmentadas deste desejo coletivo de mudar esta dura realidade do paulistano.
Tal qual aqueles ramos de ervas daninhas que insistem em crescer e a dar pequenas flores amarelas nos vãos das calçadas, a proliferação dessas imagens invade desde os becos mais sombrios, os muros mais abandonados, às áreas mais evidentes e nobres de São Paulo.

A impatiens walleriana (popularmente conhecida como maria-sem-vergonha) das artes visuais encontra no espaço urbano populoso e áspero um terreno fértil para seu crescimento e amadurecimento, rendendo floradas dignas de exportação.

É crescente o número de artistas consagrados que vemos nos noticiários abrindo exposições em museus gringos. Os quase-globais Gêmeos estão por toda parte tal qual Airton Senna, Carmen Miranda e a Bossa Nova o fizeram em suas respectivas épocas.

Longe de realizar um julgamento estético sobre esse gênero artístico ao qual dedico apenas minha contemplação, busco enfocar o resultado humanizador e harmonizador que sua atitude e persistência nos traz.

Nos remete ao sensível, ao fantástico, ao lúdico, ao universo criativo e imaginativo da parte infantil que nos habita. É uma manifestação artística legítima e popular, uma emanação de calor humano, de vontade de vida social no espaço público, “panfletada” da forma mais poética possível. Sem armas, sem verbo, sem demagogia.

Ecos Turbulentos
Nosso queridíssimo prefeito quase conseguiu varrer esses “marginais” da nossa cidade. Mas logo percebeu que a briga seria feia, e sabiamente recuou. É engraçado como muitos talentosos brasileiros só ganham notoriedade quando alguém no velho mundo ou na América os endossam.

Sr. Kassab não haveria de ser diferente. Neste ano, já chegou a apoiar, com discurso e tudo, uma exposição de arte contemporânea da Líbia, cujo artista principal era o queridíssimo filho do ditador, quer dizer, líder enfático de governo centralizado. Políticos brasileiros e sua falta de comprometimento moral com a história da humanidade…

Além do que, pode-se pintar muros, prender grafiteiros e descer a repressão policial, que a atitude e a vontade de expressão nunca desaparecerão. Como disse antes, a Maria-sem-vergonha não só colore os canteiros de diversas cidades do país, mas como também se multiplica ferozmente ao sabor dos ventos.

Alguns apontarão para a sujeira que as ditas “pichações” causam na cidade, a associarão com o consumo de drogas, com os crimes de roubo, sequestro, pirataria etc. A torcida contra tem sempre um apito maior. Que ensurdece, torpece e cega pela intolerância e falta de maleabilidade e compreensão.

Outros indagarão e repetirão a lista de problemas que enfrentam nos seus dias, e conseguirão associá-los (por um milagre lógico-linguístico) ao “problema das pichações”. “Humanos não conseguem falar nada, sem antes, se auto-referir”, diria um sábio gato de um filme do mestre Miyazaki.

A questão aqui é enfocar novamente essa necessidade latente de se ocupar o espaço público com vida, cultura e alegria, e assim transformá-lo a partir de sua própria lógica: a convivência dentre diferentes, a coexistência de multiplicidade cultural e étnica e a troca.

Crônica de um ‘percussista’
Na figura de um contemplador momentâneo de trajetos esdrúxulos, daria a seguinte dica da quinzena: crie o seu trajeto e seja feliz!

(O Garfield levantaria uma de suas sobrancelhas…)

Para essa modalidade, inventei o termo “percussista”, ou seja, o percursor de trajetos cotidianos. Eles podem ser temáticos, podem ter um foco artístico, ecológico, social, enfim… Uma nova possibilidade de caminho de sinapse urbana, que revigora o cotidiano, e com certeza o seu humor.

(Garfield pensaria… é o neo-niilismo ou alguma espécie de exercício de auto-ajuda para urbanoides estressados?)

virada cultural