Perfil
- (Alemão) Anderson Ferreira Lemes
- Assis sp, sp, Brazil
- Artista plástico, Professor e grafiteiro, com formação na área de artes pelas Faculdades Integradas de Ourinhos, Como artista tenho aplicado muitos Workshop de arte urbana em faculdades e instituições, A expressão Arte Urbana ou street art refere-se a manifestações artísticas desenvolvidas no espaço público, distinguindo-se das manifestações de caráter institucional ou empresarial, bem como do mero vandalismo. A princípio, um movimento underground, a street art foi gradativamente se constituindo como forma do fazer artístico, abrangendo várias modalidades de grafismos - algumas vezes muito ricos em detalhes, que vão do Grafite ao Estêncil, passando por stickers e cartazes lambe-lambe, também chamados poster-bombs -, intervenções, instalações, flash mob, entre outras. A rua não é de ninguém e mesmo assim fui preso cinco vezes por fazer Grafite, inevitável que as autoridades ainda acham que nos artistas somos vagabundos ou infratores de nosso Amado País. Infelizmente Vivemos em um Lindo País, que poucas pessoas têm acesso cultural, nome deste País se chama Brasil Contatos: cel(18) 97480060 Email:alemaoart@hotmail.com
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sábado, 12 de junho de 2010
A arte do grafite invade as ruas de Cuiabá
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Arte urbana
Agora é oficial. Grafite é arte. A Assembléia Legislativa aprovou a Lei nº 9.184, de autoria do deputado José Geraldo Riva (PP), que estabelece a “Arte do Grafite” como atividade legítima da cultura em Mato Grosso. Grafiteiros e representantes da cultura Hip Hop comemoram a legislação, que dá legitimidade a um trabalho artístico que muitas vezes é confundido com pichação. Grafite é arte, pichação é vandalismo, destacam os responsáveis por belas ilustrações em intervenções urbanas na Capital.
“É a valorização dos artistas de rua. Essa Lei vai fortalecer as iniciativas e desmistificar a arte do grafite, que muitas vezes, é confundida com pichação”, declara a coordenadora de projetos da Central Única das Favelas (Cufa), de Cuiabá, Karina Santiago.
Esta dúvida sempre fez com que os profissionais do grafite fossem classificados como vândalos, como explica Jonatam Palma Silva, 21, grafiteiro cuiabano. “A sociedade nunca entendeu que existe diferença entre a pichação e o grafite. Por isso, muitas vezes somos chamados de vagabundos, de vândalos”, afirma. O grafiteiro, morador do bairro Jardim Vitória, explica que a diferença é gritante e pontual.
“A pichação nada mais é do que traços, escritas, uma forma de protesto, as vezes políticos, as vezes por que o time de futebol perdeu, enfim, não é uma trabalho artístico. O grafite é completamente diferente. Existe uma técnica, temos que desenhar sabendo utilizar a luz, a sombra, a coloração. É uma arte, a arte das ruas, do povo, que tem estilo”, argumenta Jonatam.
Em síntese, a diferença está tanto nos fins quanto nos meios: os pichadores fazem agressão ao patrimônio, sem a autorização dos proprietários das áreas utilizadas e não há em seus trabalhos uma manifestação de técnicas reconhecíveis de pintura. Os grafiteiros, por sua vez, expressam sua forma de ver o mundo através da pintura, usando várias técnicas de pintura que se desenvolveram com o tempo.
Jonatam lamenta que Cuiabá ainda não tenha muitos seguidores do grafite, mas revela que já existem articulações para que a “Arte do Grafite” tenha novos praticantes, seja profissionalizada. “Infelizmente em Cuiabá ainda estamos longe dos grandes centros de grafitagem, como São Paulo, o maior painel do mundo. De certa forma, o fato de não existirem muitos grafiteiros em nossa cidade dificulta a transmissão da mensagem de que grafite é arte e não vandalismo. No Brasil, temos grandes grafiteiros trabalhando para mudar essa concepção míope”, pontua.
Jonatam conta com o apoio de instituições como a Cufa e a Maloca, que constróem cenários para que a população das periferias do Brasil tenha acesso à arte e cultura. “Em Cuiabá o movimento ainda é fraco mesmo, mas eu e mais três camaradas do grafite estamos batalhando em oficinas junto com as entidades para trazer novos adeptos, pois o grafite pode ser um instrumento que tira as crianças do mundo do crime, das drogas”, avalia Jonatam.
Opinião que é compartilhada pelo presidente da AL, José Riva. “A Lei dará maior visibilidade a prática artística, que tem um relevante alcance social. Além disso, oferece também a oportunidade de tirar os artistas grafiteiros do anonimato, divulgando as ações e eventos de forma mais organizada e de amplo conhecimento público”, observou Riva.
História
Os primeiros indícios são datados ainda na Pré-História, com as pinturas e desenhos rupestres feitos pelos homens da caverna. Mas, a atividade foi impulsionada junto com o movimento Hip Hop a partir de 1960, em Nova Yorque (EUA). No Brasil, ganhou repercussão na década de 80 e, em Mato Grosso, surgem os primeiros grafiteiros ainda na década de 90 e, se fortalece como uma arte cultural em 2005, a partir do Festival “Consciência Hip Hop” com ações de formação de grafiteiros nas escolas do estado.
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