




Abraham Palatnik (Natal, RN, 1928). Vive e trabalha no Rio de Janeiro.
Abraham Palatnik é um pioneiro da arte cinética. Hoje o artista desfruta de um lugar próprio na história da arte brasileira e internacional. Se adjetivos como pioneiro e transgressor são sempre colados a sua produção é porque ela surge de forma dissonante desde a I Bienal de São Paulo, em 1951. Ao invés de uma pintura ou escultura, Palatnik exibia então seu primeiro “Aparelho Cinecromático” - uma “máquina pictórica”. Aqui, tecidos sintéticos, motores, luzes e a incorporação decisiva do espectador no ambiente são os elementos que estruturam a obra. Devido a esse caráter dissonante, o trabalho quase foi recusado na exposição. Vemos, hoje, que se testemunhava ali um gesto pioneiro no campo da arte cinética. O que singulariza o trabalho de Palatnik é o uso que ele faz da tecnologia e suas possibilidades inovadoras. Não se trata de uma arte que está a serviço da técnica, mas sim de um olhar atento que sabe retirar dos materiais mais diversos toda sua potencialidade poética. Misto de artista e desenhista industrial, Palatink possui muito do ideário construtivo na vontade de integrar arte e vida. Existe aqui uma convicção de que a arte pode estar em todos os lugares para todos os públicos, disseminada pelo cotidiano.
O artista iniciou seus estudos em arte em Tel-Aviv, Israel, onde morou com sua família entre 1942 e 1948. Enquanto fora estuda pintura, desenho e história da arte no Instituto Municipal de Arte de Tel-Aviv. Esteve presente, em 1964, na XXXII Bienal de Veneza. Vem exibindo sua obra por todo o mundo, tendo feito parte da exposição “Lo(s) Cinetico(s)”, no Centro de Arte Reina Sofia, Madrid, Espanha, em 2007.
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