




Uma máquina fotográfica Canon EOS 350D e o programa de edição de imagem Photoshop são as únicas ferramentas mundanas de que a alemã Jeannete Woitzik necessita para compor as imagens de contos-de-fadas, a marca inigualável do seu portfólio. Céus azuis ornamentados com nuvens, cogumelos, livros e corações (muitos corações!) constituem alguns dos elementos que povoam as criações desta alemã, que só há três anos descobriu o mundo da fotografia artística.
Porém, verdade seja dita, o equipamento específico parece de pouca importância face ao sentimento que os trabalhos de Woitzik transbordam. Mesmo que a própria confesse, como já o fez por diversas vezes, que não se imagina sem o precioso software de manipulação de imagem.
Olhar para os trabalhos de Woitzik é quase como cair dentro da passagem que leva Alice ao País das Maravilhas e deambular no limbo entre a realidade e o mundo mágico dos sonhos. Apenas estão ausentes o coelho e o seu impaciente relógio, que poderiam ameaçar um apressado regresso ao quotidiano, sem magia, que insiste em existir no exterior das criações da artista. Daí que um dos únicos lamentos de Woitzik seja não ter conhecido o mundo da fotografia e montagem digital quando o seu filho era ainda pequeno, para lhe poder dar um universo fantástico exclusivamente para ele.
O propósito nas criações de Jeannete Woitzki reside em moldar e transmitir sentimentos. Talvez por isso a fotógrafa passe tanto tempo em frente à tela do computador, procurando o equilíbrio perfeito entre a imagem fotográfica e a animação. Nas suas próprias palavras, é na estranha mistura entre realidade e fantasia que são cozinhados os sentimentos.
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