



CRIADORES DE CÍRCULOS
Dois veteranos “ciclemakers” (fazedores de círculos), Doug Bower e Dave Chorley, alegam que fizeram o primeiro círculo em 1978, uma espécie de brincadeira, e foram a público em 1991 para declararem-se os responsáveis de ter feito mais de 250 círculos desde 1978. Doug e Dave teriam se cansado da brincadeira, não só pela idade (estavam beirando os 60 anos) mas também porque estavam incomodados com a fama e a fortuna acumulada por aqueles que apenas fotografavam a arte dos dois brincalhões e depois afirmavam tratar-se de coisa de alienígenas. Se para a mídia e para os cientistas em geral o mistério pareceu resolvido, a maioria dos “cerealogistas” ou “croppies” (como são conhecidos os investigadores dos círculos – de Ceres, deusa romana da agricultura) não se satisfez com a declaração de Doug e Dave. Declararam ser impossível que dois senhores de idade pudessem ter feito círculos de tamanha engenhosidade e enganado todos os investigadores durante mais de uma década. Pesquisadores dizem que, durante o tempo que eles alegam terem estado ativos, não poderiam ter feito todos os círculos sozinhos, cerca de 3.000 deles, e muito distantes entre si, por toda a Europa. Acusaram os aposentados de contradições em suas declarações e afirmaram categoricamente que aquilo não passava de uma bem orquestrada armação de órgãos internacionais (mais precisamente um conluio entre a CIA, o MI-5, além do serviço secreto alemão e o Vaticano) para desestimular a busca pela verdade sobre os círculos e desmoralizar os estudiosos. Para os cerealogistas a declaração de Doug e Dave, longe de encerrar o caso, tornou-o mais interessante, pois agora havia provas que forças ocultas estariam tentando esconder a verdade do público.
Em agosto de 2004, a National Geographic entrou em contato com uma equipe de famosos de fazedores de círculos, que entitula-se “The Circlemakers”, a qual incluí John Lundberg, Rod Dickinson e Wil Russell e pediu uma demonstração à luz do dia, em Wiltshire, para um documentário sobre círculos nas plantações. Seu site http://www.circlemakers.org/ contém extenso material sobre todo o fenômeno, entendido por eles como um fenômeno cultural e não místico. Neste local pode-se encontrar um guia das técnicas e materiais utilizados para a construção dos círculos, detalhes e dicas, tais como enganar os cerealogistas fazendo o círculo parecer “genuíno”. 3 artistas, em uma noite de verão inglesa que dura cerca de 5 h fizeram uma formação complexa, marcam os pontos principais com estacas numeradas, usando apenas fita métrica e esmagadores. A equipe faz o raio do círculo usando um longo pedaço de corda amarrado dos dois lados a uma prancha de aproximadamente 1,2 m, chamada de pisadora de hastes (também pode ser usado um cilindro de jardim). Um membro da equipe fica no centro do círculo enquanto o outro caminha em volta da extremidade do círculo, colocando um pé no meio da tábua para fazer o contorno do círculo com paralelas à linha do trator.
CÍRCULOS “VERDADEIROS”
A maioria dos cerealogistas reconhece que vários dos círculos foram e continuam sendo feitos por pessoas com intenções variadas, que iriam desde a simples vontade de aparecer até a tentativa deliberada de desacreditar o fenômeno, mas acreditam que a maioria dos círculos possuem características que não poderiam ser reproduzidas por seres humanos. Seriam elas:
(1) Presença de quantidades anormais de radiação eletromagnética;
(2) Hastes das plantas dobradas e não quebradas;
(3) Alterações biofísicas nas plantas;
(4) Aparelhos elétricos e magnéticos como baterias (que se descarregam rapidamente), bússolas (que ficam desreguladas) e celulares (que funcionavam do lado de fora, não funcionam só funcionam se forem erguidos acima da altura do trigo) no interior dos círculos.
(5) Mesmo tendo sido curvadas, as hastes não são danificadas. Na maioria das vezes, a plantação continua a se desenvolver normalmente.