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Artista plástico, Professor e grafiteiro, com formação na área de artes pelas Faculdades Integradas de Ourinhos, Como artista tenho aplicado muitos Workshop de arte urbana em faculdades e instituições, A expressão Arte Urbana ou street art refere-se a manifestações artísticas desenvolvidas no espaço público, distinguindo-se das manifestações de caráter institucional ou empresarial, bem como do mero vandalismo. A princípio, um movimento underground, a street art foi gradativamente se constituindo como forma do fazer artístico, abrangendo várias modalidades de grafismos - algumas vezes muito ricos em detalhes, que vão do Grafite ao Estêncil, passando por stickers e cartazes lambe-lambe, também chamados poster-bombs -, intervenções, instalações, flash mob, entre outras. A rua não é de ninguém e mesmo assim fui preso cinco vezes por fazer Grafite, inevitável que as autoridades ainda acham que nos artistas somos vagabundos ou infratores de nosso Amado País. Infelizmente Vivemos em um Lindo País, que poucas pessoas têm acesso cultural, nome deste País se chama Brasil Contatos: cel(18) 97480060 Email:alemaoart@hotmail.com

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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

As Ilustrações de Sebastião Peixoto








O universo visual de Sebastião Peixoto não cabe no compasso referencial do leviano e mergulha ora num caos profano do senso comum, ora num rasganço da consciência do banal, sangrando intempestivos pesadelos da auto-crítica e nevoeiros de ilusão.

São embarcações à deriva num mar de amputações e segredos decapitados por desvendar. Os limites da encenação raramente acabam no abismo entre o real e a fantasia. O observador é sugado para o espaço tridimensional da acção, do paradoxo estática-dinâmica, e tende a investigar, a percorrer os pântanos lamacentos do mistério, instigado pela desprevenida curiosidade, por aquilo que fica por compreender. É a necessidade de justificar essa sensação de incompreensão, de completar o puzzle da existência fantasiosa subtil e provocadoramente disposta em paralelepípedos “pixelados”, desejosos por prender a alma do visitante para sempre, que agarra o observador, o participante. A ansiedade remete ao analgésico que se encontra na insatisfatória e quase sempre improvável resolução do enigma, na contemplação das sombras e dos olhares vazios de banalidade e preenchidos pela solidão, pela perda, pela apatia, morte, loucura, e o sofrimento. O amor que arrancou o coração, este que agora divaga dilacerado por entre os cadáveres do desgosto.

É peremptório especular sobre a sombra projectada sobre o corpo da Kitty, agora fisicamente distante do seu lacinho vermelho, após o enforcamento seguido de decapitação, reflexo evidente do clímax de saturação mediática e mercantil que tal criatura instiga. A sua decapitação renova e/ou alivia o fastio ornamental e estético de uma juventude acrítica e lavada, e revela a urgência da sua patente efemerização. É um literal “Goodbye Kitty”. Milu expressa a sua angústia com a pata enquanto tenta compreender o significado do sangue que escorre da cabeça isolada pela sagacidade da lâmina que a separou do corpo de seu dono Tintin.

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