



Os grafiteiros Gustavo e Otavio Pandolfo tiveram seus primeiros trabalhos executados no Cambuci, bairro da zona sul de São Paulo onde nasceram, e, influenciados pelo irmão mais velho Arnaldo, transformaram o hobby em profissão e estão “conquistando” o mundo espalhando suas obras por diversos países (Estados Unidos, Alemanha, Itália, Grécia, Inglaterra, França, Holanda, Tóquio, Espanha, Suíça, Cura e muito mais), além de levar pintura, escultura, instalações e até algumas coisas ligadas à música nas várias exposições que realizam por aí.
Eles entendem cada lugar que visitam como uma escola, um mundo diferente. Mas também não é preciso ir muito longe para aprender e ensinar, eles sabem que no Brasil ainda há muita coisa para se descobrir.
Quem anda pelas ruas de São Paulo e topam com os grafites coloridos, principalmente num tom de amarelo envelhecido, já sabe que se trata da obra dos dois. Sua linguagem própria e facilmente identificável quase sempre dispensa assinatura em seus trabalhos e ajudaram a definir o grafite brasileiro. Para eles a rua tem algo de malicioso, de saber se virar, e assim foram se destacando em meio ao grafite e ao hiphop, trabalhando sempre lúcidos ainda que essa lucidez seja um grande delírio.
Os desenhos expostos pelas ruas e galerias retratam o que eles observam ou o que lhes vem à cabeça no momento. Entre seus famosos trabalhos estão a fachada da Tate Modern, em Londres, e um castelo na Escócia.
Mas infelizmente não é em todo lugar que eles são recebidos com tanta euforia. E o pior é que no Brasil, sua própria casa, que não são reconhecidos artisticamente com o trabalho que fazem. Os irmãos são literalmente perseguidos pela prefeitura de São Paulo e já contabilizam cerca de 100 desenhos apagados, mesmo que muitos deles tivessem autorização para serem executados.
A prefeitura está gastando dinheiro, mão-de-obra e tempo para apagar uma obra de arte quando há tantos outros problemas mais importantes para se cuidar. O intuito deles é acabar com esse tipo de repressão e espécie de “mutirão de limpeza” organizado pela Prefeitura, e colorir o cinza da cidade dando a ela um ar mais moderno e descontraído.
Quem está certo e qual é a solução para essa guerra? Aí já não sei… mas enquanto podemos ver nossas ruas mais coloridas, vamos aproveitar para apreciar as imagens e tentar compreender as mensagens passadas por eles.
http://www.lost.art.br/osgemeos.htm
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